O Tritão - 1892


tamanho (cm): 75x45
Preço:
Preço de venda34.100 ISK

Descrição

A obra “O Tritão” de John William Waterhouse, criada em 1892, constitui um fascinante exemplo de simbolismo e de fusão do mítico e do natural, elementos que caracterizam a obra deste notável artista do movimento Pré-Rafaelita. Nesta pintura, Waterhouse apresenta um tritão – figura mitológica cuja existência entre a terra e o oceano evoca a ambivalência entre o humano e o elemental – que desafia as noções do real e do fantástico.

Observando atentamente a composição, é possível observar a figura central da salamandra, ser metade homem e metade peixe, emergindo de águas calmas. Seu corpo musculoso é pintado com atenção meticulosa, destacando os detalhes escamosos de sua cauda, ​​que se desdobra em um gradiente de verdes e azuis que refletem a luz de forma hipnótica. Esta escolha cromática não só realça a sua ligação com a água, mas também confere uma luminosidade etérea à cena, transportando o espectador para um reino onde o subaquático tem vida própria. As sombras e luzes sutis que Waterhouse usa para modelar o corpo do tritão criam uma sensação de volume e movimento, prendendo a essência da figura em uma postura que transmite poder e vulnerabilidade.

O contexto natural em que a salamandra está inserida também merece atenção. Cercada por elementos marinhos e vegetação aquática, a obra transmite uma conexão direta com a natureza. Esse ambiente é composto por tons suaves de verde e azul, que contrastam com os tons mais quentes do corpo da salamandra. A disposição das plantas e a água que flui ao fundo sugerem uma atmosfera repleta de tranquilidade e serenidade, mas também uma sutil sensação de mistério, elemento recorrente na obra de Waterhouse.

Em termos de figura e simbolismo, “O Tritão” insere-se na tradição da arte pré-rafaelita, onde os cenários mitológicos muitas vezes ecoam grandes emoções humanas. Embora a pintura não apresente um narrador humano visível, a presença do tritão funciona como uma ponte entre o mundo dos deuses e o dos mortais, sugerindo uma narrativa de descoberta e desejo, convidando o espectador a refletir sobre a relação entre ser humano e as imensuráveis ​​forças da natureza.

Waterhouse é conhecido por sua capacidade de criar atmosferas evocativas em suas obras, e “O Tritão” não é exceção. Através da manipulação de luz e sombra, e de uma paleta cuidadosamente escolhida, a artista consegue encapsular uma emoção que é ao mesmo tempo contemplativa e quase onírica. Os artistas contemporâneos de Waterhouse, como Edward Burne-Jones e Dante Gabriel Rossetti, também exploraram a fusão do mítico com o natural, mas a forma como Waterhouse aborda a figura da salamandra proporciona um frescor e personalismo que ressoa em sua interpretação particular de o mito.

Ao todo, “O Tritão” não é apenas uma representação de uma criatura mitológica, mas também atua como um espelho dos desejos e preocupações humanas. A obra nos convida a contemplar a beleza e o terror que podem coexistir no mundo natural, refletindo as complexidades da experiência humana através da poesia visual. A cada olhar, a pintura revela novas camadas de significado, reafirmando o legado duradouro de Waterhouse e a sua capacidade de conectar o divino e o terreno na sua arte.

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