O Conde do Tejo - 1800


Tamanho (cm): 60 x 75
Preço:
Preço de venda37.300 ISK

Descrição

A obra “O Conde do Tejo” de Francisco Goya, criada por volta do ano 1800, apresenta-se como um retrato que combina a dignidade e a força do seu tema com o domínio técnico característico do artista. Esta pintura é um exemplo notável do estilo de retrato nobre que Goya desenvolveu ao longo da sua carreira e, ao mesmo tempo, é um testemunho da sua capacidade de captar não só a aparência física dos seus temas, mas também as suas personalidades e a essência. de seu status social.

O conde aparece vestido com um luxuoso casaco preto que contrasta com a luminosidade do fundo. Goya utiliza uma paleta que combina tons claros e escuros, criando um efeito de profundidade e volume que parece se estender além da tela. A subtileza na aplicação da luz permite destacar a figura do conde, conferindo-lhe uma aura quase etérea, enquanto o fundo ligeiramente desfocado sugere um espaço que respeita a monumentalidade da personagem retratada.

Os traços faciais do conde são meticulosamente elaborados, exibindo uma expressão que combina seriedade com um leve toque de contemplação. Esses detalhes não são simples, mas refletem uma atenção à humanidade do assunto, abordagem que Goya aprimorou ao longo de sua carreira. Ao contrário dos retratos formais comuns em sua época, onde a idealização do modelo era a norma, Goya confere à sua figura um senso de autenticidade e profundidade psicológica.

A utilização de elementos decorativos, como o colar da Ordem de Carlos III que o conde usa no pescoço, não só serve para enfatizar o status nobre do personagem, mas também fornece um ponto de interesse visual que se integra à composição geral. . Esta ornamentação, juntamente com a escolha do preto como cor dominante, poderia ser interpretada como um reconhecimento da seriedade e pompa que a nobreza mantinha na sociedade espanhola do século XIX.

Goya, na sua abordagem ao retrato, desviou-se muitas vezes da convencionalidade estabelecida pelos seus antecessores, privilegiando uma representação mais pessoal e menos idealizada. Isso pode ser percebido em outras obras de Goya, como os retratos da família real, onde também busca uma conexão mais íntima entre o espectador e a figura retratada. “O Conde do Tejo” insere-se neste contexto, mostrando a versatilidade de Goya como retratista e a sua vontade de dar vida aos seus temas para além da mera representação superficial.

A obra não reflete apenas a habilidade técnica de Goya no uso da cor e da luz, mas também sua profunda compreensão da psicologia humana. Através da contagem, Goya convida o espectador a contemplar não só a riqueza material que o rodeia, mas também o peso que essa riqueza e posição carregam. O olhar do conde, enigmático e profundo, sugere uma narrativa que vai além do visível, lembrando que por trás de cada figura nobre existe uma história, uma vida complexa e cheia de nuances.

O legado de Goya na pintura de retratos continua a influenciar os artistas contemporâneos na sua capacidade de fundir técnica e emoção. “O Conde do Tejo” serve como um marco que sintetiza este desenvolvimento, um testemunho de como uma simples imagem pode evocar poder, vulnerabilidade e, ao mesmo tempo, a unidade destes elementos na experiência humana.

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