Alexandre Baillie - 1816


tamanho (cm): 55x75
Preço:
Preço de venda37.000 ISK

Descrição

A obra "Alejandro Baillie - 1816" de Jean-Auguste-Dominique Ingres insere-se na rica tradição do retrato neoclássico, género em que Ingres se destacou pela capacidade de fundir o rigor académico com a profunda introspecção emocional. Nesta pintura, o artista retrata Alexander Baillie, uma figura proeminente do seu tempo, cujos traços são capturados com uma precisão quase fotográfica que encarna a essência do retrato clássico.

O retrato centra-se na figura de Baillie, que se apresenta com um porte digno e aristocrático, enquadrado por um fundo de tons suaves que permitem que a figura se destaque com clareza. A escolha de um fundo escuro estabelece um contraste que enfatiza a luz que inunda o rosto e as mãos do sujeito, realçando sua expressividade. Ingres utiliza uma paleta de cores restrita, dominada por tons escuros e quentes, que sublinha a solenidade e gravidade do modelo, ao mesmo tempo que acrescenta uma aura de intensidade emocional que convida o espectador a contemplar além da superfície.

A composição destaca-se pelo equilíbrio e simetria, características distintivas da obra de Ingres. Baillie é apresentado em uma visão de três quartos, proporcionando uma sensação de profundidade enquanto seu olhar firme e confiante estabelece contato direto com o espectador. Esta abordagem não só revela a habilidade técnica do artista na representação do corpo humano, mas também enfatiza a dignidade e o caráter do modelo. As mãos de Baillie, que ficam relaxadas, são tratadas com meticulosa atenção aos detalhes, o que demonstra o domínio de Ingres no estudo anatômico e seu interesse pelos gestos como meio de expressão.

O tratamento das roupas também merece destaque. A vestimenta que Baillie usa é um exemplo do estilo da época; Os detalhes do plissado e a textura do tecido são captados com uma clareza que confere realismo ao trabalho. Através do seu domínio da representação em tecidos, Ingres consegue infundir uma sensação de movimento e vida, característica dos seus retratos. A roupa é realçada por cuidadosos reflexos de luz que acrescentam uma dimensão tátil ao vestido, sugerindo luxo e status.

Esta obra é um testemunho do virtuosismo de Ingres no retrato, género que permite não só a representação física, mas também a captura da essência da personagem. Há um desejo de transcendência, uma busca por imortalizar Baillie não apenas como representação visual, mas como figura que evoca uma história e um contexto. Esta abordagem reflete a abordagem de Ingres ao retrato, em que cada figura é um amálgama de identidade pessoal e carga simbólica.

“Alejandro Baillie – 1816” torna-se assim um espelho da mestria de Ingres, que se coloca como ponte entre o neoclassicismo e o romantismo surgido no seu tempo. A obra não é valiosa apenas pela sua técnica requintada, mas também pela sua capacidade de comunicar emoções e uma narrativa subjacente que incentiva a reflexão. Num mundo onde muitas vezes predomina a superficialidade, Ingres, através de Baillie, convida o espectador a reconsiderar a profundidade do retrato, não apenas como um exercício estético, mas como uma exploração da própria humanidade.

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