O Fim Real - 1892


tamanho (cm): 75x45
Preço:
Preço de venda€229,95 EUR

Descrição

"The Real End", de Paul Gauguin, concluído em 1892, capta uma essência de simbolismo profundo e um anseio pelo primitivo que define grande parte da produção artística do mestre pós-impressionista. Nesta peça, Gauguin apresenta-nos uma viagem ao oculto e ao místico, onde a narrativa visual se desenrola através de uma paleta rica, formas delineadas e uma composição que evoca a tensão entre o ideal e a realidade.

Ao assistir “The Real End”, a atenção é imediatamente captada pela sua composição. A pintura está dividida em duas seções principais: a superior onde se encontram as figuras humanas e a inferior que encapsula uma paisagem natural, característica recorrente na obra de Gauguin. Esta estrutura proporciona uma sensação de profundidade e simultaneidade, como se a obra nos convidasse a explorar tanto o plano físico como o metafísico. Em primeiro plano, a figura de um homem está à direita, enquanto a composição é equilibrada pela presença de outra figura à esquerda que parece imersa na contemplação, sugerindo uma profunda ligação entre as personagens e a natureza.

O uso da cor é outra das características distintivas desta obra. Gauguin aplica tons intensos e saturados que geram uma sensação de irrealidade e emoção. Vermelhos, verdes e amarelos vibrantes criam uma atmosfera carregada, onde cada nuance parece ter um significado oculto. Esta abordagem cromática, longe de ser meramente decorativa, funciona como uma componente narrativa essencial que permite ao espectador sentir a carga emocional da cena representada. A atmosfera carregada que emerge das cores, juntamente com a inclinação para a simplificação das formas, refletem a busca de Gauguin pela espiritualidade e o seu desejo de transcender a realidade quotidiana.

As figuras presentes em “El Fin Real” têm um ar quase mítico; eles parecem incorporar um diálogo entre o terreno e o divino. A representação do homem, vestido com um sarongue, evoca tradições culturais do Pacífico Sul, algo que sempre fascinou Gauguin e que influenciou o seu trabalho após a sua mudança para o Taiti. Enquanto muitos dos seus contemporâneos elogiaram a modernidade e a sociedade industrial, Gauguin distanciou-se da procura da autenticidade no primitivo, o que se traduz no seu contacto com o simbólico e o espiritual nas suas obras. Essa busca é palpável em “The Real End”, onde as figuras parecem estar na contemplação da vida e da morte, tema recorrente na obra do artista.

Além disso, é interessante considerar que “The Real End” é emblemático do estilo sintético que Gauguin desenvolveu em sua carreira, em que a observação direta da natureza se combina com a interpretação pessoal e emocional. A técnica de aplicação de espessas camadas de tinta e a utilização de cores planas evoca um diálogo com as tradições da gravura e da pintura medieval, conferindo à obra uma textura rica que convida o espectador a uma proximidade quase táctil. Este uso da cor e da forma afasta-se da representação realista, permitindo ao espectador mergulhar numa experiência visual que transcende o tempo e o lugar.

“The Real End” não é apenas uma representação de um momento particular na vida dos seus protagonistas; É um eco das preocupações de um artista que procurou compreender o seu lugar num mundo em transformação. A obra pode ser vista como um comentário social sobre a vida colonial e a perda cultural, ao mesmo tempo que nos convida a encontrar o nosso próprio significado na sua mensagem oculta. Em suma, o trabalho de Gauguin continua a ser um testemunho do desejo de redescobrir o que é essencial na experiência humana, através das lentes da imaginação artística.

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