77 Ponte Inari e Santuário Minato em Teppōzu - 1857


Tamanho (cm): 50x75
Preço:
Preço de venda€243,95 EUR

Descrição

A obra “77 Ponte Inari e Santuário Minato em Teppōzu” de Utagawa Hiroshige, realizada em 1857, se inscreve dentro da rica tradição do ukiyo-e, uma forma de gravura japonesa que se popularizou entre os séculos XVII e XIX. Hiroshige, um dos mestres mais reconhecidos deste gênero, plasma nesta pintura um momento de reflexão nostálgica e beleza mutável da natureza, temas recorrentes em suas obras. A composição nos apresenta uma paisagem que convida à contemplação, na qual se conjugam com maestria elementos naturais e arquitetônicos.

O primeiro aspecto a destacar é a cuidadosa disposição dos elementos em a pintura. No primeiro plano, a Ponte Inari se ergue como um ponto de conexão entre as distintas partes da paisagem, sugerindo tanto um caminho físico quanto um passo em direção à espiritualidade que oferece o santuário Minato, localizado ao fundo. A ponte, com arcos graciosamente curvados, destaca-se por seu elegante design que parece fluir com o entorno. Este tratamento da arquitetura em harmonia com a natureza é característico do estilo de Hiroshige, que consegue fazer com que o horizonte se difumine suavemente na paisagem, criando uma sensação de profundidade e continuidade.

Os tons da obra são cativantes; combinam a riqueza dos azuis e verdes com os suaves matizes de tons ocres e cinzas que representam a terra e a arquitetura, resultando em uma paleta equilibrada e harmoniosa. A luminescência do céu, onde se insinuam nuvens que filtram a luz, adiciona um significado emocional à paisagem, evocando uma atmosfera de serenidade e recolhimento. Hiroshige frequentemente empregou técnicas de gradação de cor que conferem às suas obras uma sensação de movimento e vitalidade, e nesta peça não é a exceção: o céu azul se transforma gradualmente em branco, potencializando a calma do crepúsculo que se sente na cena.

No que diz respeito aos personagens, embora a obra se concentre mais no ambiente natural e arquitetônico, podem ser observadas pequenas figuras dispersas na composição. Essas silhuetas, representando pedestres ou viajantes, sugerem a vida cotidiana que se desenrola nesta paisagem serena. Hiroshige consegue incluí-los sem que sobrecarreguem a imagem; ao contrário, são elementos que reforçam a sensação da imensidão da paisagem e a conexão entre o homem e a natureza.

A representação de espaços sagrados, como o santuário Minato, em conjunção com a paisagem natural, é uma clara declaração da influência do xintoísmo na vida cotidiana e na arte japonesa da época. Nesse sentido, Hiroshige não apenas captura a beleza visual de um lugar, mas também convida o espectador a experimentar uma conexão espiritual. O uso de motivos da natureza e da arquitetura tradicional japonesa ressoa com a filosofia xintoísta que exalta a beleza e a impermanência do mundo natural.

Em conclusão, “77 Ponte Inari e Santuário Minato em Teppōzu” não é apenas uma representação de uma paisagem japonesa, mas se torna um estudo sobre a inter-relação entre o humano e o divino, o natural e o construído. A obra encapsula o domínio técnico de Hiroshige no uso da perspectiva, da cor e da harmonia, elementos que definem o ukiyo-e e que continuam fascinando espectadores e críticos de arte por sua capacidade de evocar emoções e reflexões sobre nosso lugar no mundo. A maestria e o legado de Hiroshige ressoam através desta obra, cujo legado perdura no tempo como um testemunho da apreciação japonesa pela beleza efêmera da vida.

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