Maçãs em uma tigela - 1888


tamanho (cm): 75x55
Preço:
Preço de venda€248,95 EUR

Descrição

A obra "Maçãs em uma tigela" (1888) de Paul Gauguin é uma magnífica representação da transição entre o pós-impressionismo e os primórdios do simbolismo, período em que o artista procurou distanciar-se da representação naturalista em favor de uma representação mais subjetiva. expressão e muitas vezes carregado de significado. Nesta pintura, Gauguin opta por um tema quotidiano, mas aborda-o com uma singularidade que transforma o simples objecto num campo de exploração visual e sensorial.

A composição centra-se numa tigela de maçãs situada sobre uma mesa, com um fundo quente e suave que parece abraçar os elementos do primeiro plano. As maçãs são as protagonistas indiscutíveis; Sua cor vibrante – vários tons de vermelho e amarelo – contrasta delicadamente com o fundo mais neutro, permitindo ao espectador focar em sua solidez e volume. Gauguin não se preocupa com uma representação realista destes frutos, mas antes brinca com a saturação e simplificação das formas para evocar sensações em vez de realidades quotidianas. Isto é típico do estilo de Gauguin, que, ao longo da sua carreira, se opôs à representação visual direta em favor de uma visão mais idealizada e emotiva.

As cores em "Apples in a Bowl" são uma prova do uso de uma paleta caracteristicamente ousada por Gauguin. Notamos a presença de sombras em tons de azul escuro que acrescentam profundidade, contrastando com os tons quentes de amarelo e vermelho das maçãs. A luz parece filtrar num ângulo que confere à superfície dos frutos uma luminosidade quase etérea, convidando o observador a uma rica experiência visual. Esta qualidade da luz é uma das marcas do pós-impressionismo, onde a iluminação realça a forma e certamente estabelece uma ligação emocional com o observador.

Além disso, a disposição dos elementos – a tigela não está totalmente centralizada e a borda da mesa é apresentada de forma um tanto inusitada – induz um sentimento de intimidade e honestidade no trabalho. Esta falta de perfeição é um reflexo da visão de Gauguin, que se opôs às convenções da arte académica. Nesta pintura não há personagens humanos, mas a presença das maçãs sugere um diálogo entre a natureza e o ambiente criado pelo artista, levando a uma reflexão sobre o cotidiano, a arte e a própria vida.

No contexto da sua obra global, "Maçãs numa Tigela" alinha-se com a série de naturezas mortas que Gauguin explorou neste período. Pinturas semelhantes, como as de Cézanne, também abordavam o mesmo gênero, mas a interpretação e abordagem de Gauguin à cor e à emoção diferem marcadamente. Seu desejo de levar o simples ao simbólico ou emocional ressoa nesta obra, convidando a uma interpretação além do objeto representado.

Assim, “Maçãs numa Tigela” não é apenas uma obra sobre a representação de frutas, mas uma peça que mergulha na psicologia da cor, da forma e do simbolismo. Com esta obra, Gauguin não só capta a essência do seu tempo, mas estabelece uma ponte para o expressionismo e o simbolismo que influenciaram gerações posteriores de artistas. Através do seu estilo arrojado e compromisso com a expressão pessoal, esta pintura continua a ser um testemunho do seu génio artístico e da sua capacidade de transformar o quotidiano num encontro com o sublime.

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