A mulher com mania de jogo - 1822


Tamanho (cm): 60 x 75
Preço:
Preço de venda6.010,00 Kč

Descrição

A delicada mas perturbadora obra “A mulher com mania de jogo”, de Théodore Géricault, criada em 1822, insere-se num período de transição na história da arte francesa. Géricault, conhecido pela sua mestria no tratamento da cor e da composição, utiliza nesta pintura uma narrativa visual que explora as profundezas da psique humana e a condição social do seu tempo. A obra apresenta uma mulher central que, presa nas garras do jogo, torna-se a sublime representação do desespero e do desequilíbrio emocional.

Na tela, Géricault utiliza uma paleta de cores escuras e terrosas que conferem à obra um ar de melancolia e desconforto. A mulher a quem o título se refere ocupa o centro da composição, chamando imediatamente a atenção do espectador para a sua figura. Seu rosto é uma mistura complexa de ansiedade e desespero, sugerindo que sua vida foi consumida por sua obsessão pelo jogo, tema que Géricault aborda com sensibilidade e profundidade. A luz suave que ilumina parcialmente o seu rosto realça não só a sua fragilidade, mas também a luta interna que enfrenta, evidenciando a tensão entre o desejo de fuga através da brincadeira e a realidade implacável da sua situação.

A composição é meticulosamente equilibrada, permitindo que os elementos envolventes sirvam de contexto e de comentário sobre a condição das mulheres. Não há personagens visíveis além do protagonista, o que intensifica a sensação de isolamento. Porém, em seu olhar perdido, o espectador pode sentir a infinidade de paixões e vícios que a cercam, mesmo que não estejam fisicamente presentes na cena. Este uso do espaço negativo reforça a sensação de vazio emocional e social que acompanha a sua loucura pelo jogo.

Um aspecto intrigante da pintura é como Géricault, embora conhecido principalmente por suas obras históricas e românticas, aqui mergulha em um tema mais contemporâneo e sutil, refletindo as tensões sociais de sua época. Na década de 1820, o vício do jogo era um problema crescente na sociedade francesa, relacionado com a urbanização e o surgimento de novas formas de entretenimento, incluindo os casinos. Géricault, através da sua obra, não só capta a essência do vício, mas também convida à reflexão sobre a moralidade e a ética do jogo na vida moderna.

A técnica de Géricault, caracterizada por uma execução suave e um notável domínio da forma e da cor, gera uma atmosfera envolvente que permite uma profunda introspecção. Esta obra, embora menos conhecida que a sua famosa “Jangada da Medusa”, é um testemunho da sua capacidade de explorar o sofrimento humano e a fragilidade da existência.

Concluindo, “A Mulher com Mania de Jogo” é uma obra que oferece uma janela penetrante para o estado emocional de sua protagonista, utilizando elementos construtivos tão grandiosos quanto sutis. Géricault mostra o seu génio não só como pintor, mas como observador crítico da sociedade, transformando o desespero em arte através de uma representação honesta e comovente. Assim, esta pintura não se limita a documentar um momento ou um indivíduo; permanece como um comentário atemporal sobre a natureza humana e suas batalhas internas.

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