Mulher Bretã - 1886


Tamanho (cm): 50 x 75
Preço:
Preço de venda5.563,00 Kč

Descrição

A pintura "Mulher Bretã" (1886) de Paul Gauguin é uma das obras mais representativas da sua exploração do mundo rural e das tradições dos povos que habitavam a região da Bretanha, França. Este trabalho denota um profundo interesse não só pela figura feminina, mas também pela rica cultura local, que naquela época estava em processo de transição e mudança. Gauguin, um pioneiro do simbolismo, procurou expressar não apenas a aparência externa dos seus temas, mas também a essência do que eles representavam.

Em “Mulher Bretã”, Gauguin capta a figura de uma mulher vestida com um vestido tradicional regional, que possui uma paleta de cores vibrantes e contundentes. A escolha da cor é fundamental neste trabalho: o uso de tons intensos, como o preto e o azul profundo do look feminino, contrasta com os tons quentes da pele. Gauguin utiliza contornos bem definidos que enfatizam a figura, técnica que lhe permite dar um sentido de monumentalidade ao seu tema. Esta abordagem coincide também com o interesse do artista pela simplificação de formas e cores, marca distintiva do seu estilo cada vez mais pessoal.

O fundo da obra, uma espécie de paisagem minimalista e quase abstrata, enfatiza a figura central, criando uma aura de isolamento que ressoa com o sentimento de introspecção que é frequentemente associado às figuras femininas na sua obra. A escolha do fundo e a sua redução de detalhes podem ser interpretadas como uma representação da vida rural simples e da identidade cultural das mulheres bretãs, elementos pelos quais Gauguin se sentiu fortemente atraído durante a sua estadia na Bretanha.

Ao contrário de muitos de seus trabalhos posteriores, que incluem influências mais exóticas e temas complexos, "Mulher Bretã" exibe um senso de conexão com a terra e uma reverência pela cultura local. Na sua busca por dar voz àqueles que considerava relegados a segundo plano na modernidade, Gauguin não apenas retrata uma mulher, mas evoca a história de uma comunidade que luta para ser reconhecida na sua singularidade.

O simbolismo inerente à representação desta mulher não se limita à superfície visual; É um convite à reflexão sobre o papel da mulher no contexto social e cultural da época. A obra, na sua simplicidade, capta o diálogo entre o quotidiano e o essencial, e aponta a soberania da figura feminina num espaço que pode ser considerado íntimo e universal.

Paul Gauguin, que mais tarde se mudaria para o Taiti, já nesta obra delineia o seu interesse pelas culturas não ocidentais e pelas percepções ocidentais que as rodeiam. O seu desejo de encontrar o primitivo e o autêntico na representação artística pode ser traçado nesta pintura, que é ao mesmo tempo uma homenagem e um comentário. Embora a sua paleta e forma de compor tenham sido objecto de admiração e estudo, o retrato da "Mulher Bretã" torna-se um microcosmo da procura de Gauguin por algo que transcenda o superficial.

No seu conjunto, "Mulher Bretã" é um testemunho notável da exploração da identidade cultural e da figura feminina por Gauguin, não só representando a realidade de um tempo e lugar, mas também tornando-se um veículo de introspecção sobre a arte e a sua função na sociedade. A sua capacidade de fundir o simbolismo com um sentido de realidade palpável é o que torna esta obra uma peça fundamental dentro do cânone da arte moderna.

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