Não há dúvida de que muitas pessoas concordam que a maioria das famosas obras de arte que se encontram nos museus e coleções privadas do mundo não têm preço.
Por serem únicas em sua classe, é difícil atribuir um valor a muitas pinturas famosas; no entanto, quase diariamente, a arte é vendida e comprada, muitas vezes com preços exorbitantes que a maioria nunca poderá pagar. Mas existem alguns compradores excêntricos que podem se dar esse luxo.
Kuadros oferece uma compilação das 5 pinturas famosas mais caras da história.
No.1 Salvator Mundi (Cristo Salvador do Mundo) - Leonardo da Vinci (US$ 450,3 milhões)
Em maio de 2008, alguns dos melhores especialistas do famoso pintor se reuniram ao redor de um cavalete em um estúdio muito acima da Trafalgar Square. O objeto que eles foram convidados a examinar, no departamento de conservação da Galeria Nacional, era uma pintura em um painel de madeira de nogueira. Mostrava um homem barbudo de cabelo longo olhando para frente, com uma mão levantada em sinal de bênção e a outra segurando uma esfera transparente.
Leonardo pintou Salvator Mundi possivelmente para o rei Luís XII da França e sua consorte, Ana da Bretanha. A inquietante pintura a óleo sobre um painel de 66 centímetros representa uma figura de meio corpo de Cristo como Salvador do Mundo, com vista frontal e vestindo túnicas da era do Renascimento. Nesta famosa pintura, Leonardo representa Cristo conforme caracterizado no Evangelho de João 4:14: "Nós vimos e testificamos que o Pai enviou seu Filho como o salvador do mundo". Cristo olha fixamente o espectador, levemente barbudo com cachos castanhos, segurando uma esfera de cristal em sua mão esquerda e oferecendo bênção com a direita.
A pintura desapareceu de 1763 a 1900, quando foi comprada por Sir Charles Robinson como obra de Bernardino Luini, um seguidor de Leonardo. Depois apareceu na Sotheby's na Inglaterra em 1958. Em seguida, desapareceu novamente até ser vendida em uma pequena casa de leilões nos Estados Unidos em 2005.
Assim como muitas das obras sobreviventes de Leonardo, esta famosa pintura não estava em perfeito estado quando ressurgiu no início da década de 2000. Foi necessária uma extensa restauração. Embora existam alguns especialistas respeitados na arte do Renascimento que questionam a atribuição da pintura a Leonardo, ela foi finalmente vendida em um leilão na Christie's em Nova York em novembro de 2017 por 450 milhões de dólares, um novo preço recorde para uma obra de arte famosa. O comprador não foi revelado.
Hoje é considerada uma pintura falsa.
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No.2 Intercâmbio - Willem de Kooning (US $ 300 milhões)
A ideia de abordar o primitivo foi iniciada por Gauguin, mas pode ser discernida em parte no trabalho de De Kooning.
Embora amemos explorar as qualidades menos tangíveis da arte abstrata, também estamos muito cientes de que pode ser um maravilhoso investimento financeiro. Até hoje, a pintura mais cara já vendida da arte abstrata é uma paisagem de Willem de Kooning chamada Intercâmbio, que foi vendida por 300 milhões de dólares em 2015. A pintura famosa atingiu esse preço recorde em uma venda privada ao gerente de fundos de seguros em Chicago, Kenneth Griffin, como parte de um pacote de $ 500 milhões que incluía também a pintura Número 17A de Jackson Pollock.
A pintura de Jackson Pollock que Kenneth Griffin comprou juntamente com Intercâmbio apareceu na divulgação da Revista Life de 1949, que fez com que Jackson Pollock e o Expressionismo Abstrato se tornassem conhecidos. Poucas pinturas capturam de modo mais sucinto um momento no tempo. Esse artigo da revista foi uma das principais razões pelas quais De Kooning e outros expressionistas abstratos puderam finalmente ganhar a vida com sua arte. Juntas, essas duas pinturas famosas representam o momento em que os Estados Unidos deram origem ao seu primeiro movimento de arte moderna nativo. O intercâmbio não é apenas valioso como objeto. Seu valor está em seu mito.
Estilisticamente, Intercâmbio marca uma das épocas mais transformadoras na carreira de um dos artistas abstratos mais importantes do século XX. Além de ser um pintor influente, Willem de Kooning foi uma força vital de conexão entre seus contemporâneos. Foi amigo e incentivador de Arshile Gorky, Jackson Pollock, Franz Kline e dezenas de outros expressionistas abstratos.
Durante o período em que esses artistas lutavam, De Kooning seguia sendo um incentivador apaixonado de seu trabalho. O Intercâmbio foi pintado exatamente quando a fortuna de De Kooning e seus contemporâneos estavam passando por uma grande mudança. Eles estavam se tornando financeiramente estáveis, muitos pela primeira vez, o que significa que tinham a oportunidade de tomar novas decisões, tanto profissional quanto pessoalmente. Para De Kooning, isso se manifestou em uma domesticação gradual de seu estilo de vida notoriamente selvagem, que culminou com uma mudança para uma fazenda em East Hampton.
Criativamente, De Kooning se manifestou em um período de 11 anos dedicado a pintar paisagens abstratas, das quais Intercâmbio foi uma das primeiras obras.
No.3 Os jogadores de cartas - Paul Cézanne (estimado entre US $ 250 e $ 300 milhões)
Os Jogadores de Cartas é uma série de pinturas impressionistas do modernista francês Paul Cézanne. Um de seus projetos mais ambiciosos, agora visto como uma contribuição importante para a arte moderna. Embora pintadas durante o período final de Cézanne, representam algumas das melhores pinturas de gênero da Escola Francesa. Há cinco versões na série, cada uma das quais varia em conteúdo e tamanho: uma está em uma coleção privada, as outras estão no Museu de Orsay, na Galeria Courtauld, na Fundação Barnes e no Museu Metropolitano de Arte. A versão privada foi comprada em 2011 pela Família Real do Qatar por uma soma estimada entre $ 250 milhões e $ 300 milhões. Cézanne é famoso por sua pintura de natureza morta, e os historiadores da arte acreditam que ele escolheu o tema das cartas porque as pessoas que jogavam eram essencialmente uma forma de natureza morta humana.
Provavelmente também foi influenciado pelos irmãos Nain (1599-1677) cujos jogadores de cartas (c.1642) estavam na coleção de seu museu de arte local em Aix-en-Provence.
Os dois homens estudam suas cartas atentamente, mas nenhum movimento parece iminente. Os detalhes do jogo recuaram ainda mais e a vida se acalmou. Os jogadores de cartas de Cézanne, como muitas de suas figuras, ocupam um espaço entre a pintura de figuras e a pintura de objetos. Eles se deslocam entre diferentes gêneros.
Na década de 1890, Cézanne era ricamente independente; podia pagar confortavelmente seus modelos para posar e as obras resultantes eram feitas de pigmentos produzidos industrialmente, geralmente aplicados em telas de tamanho padrão fabricadas comercialmente. Quase ao mesmo tempo em que terminou a série, o artista estabeleceu uma relação com um vendedor de quadros parisiense, Ambroise Vollard, que se tornou o primeiro proprietário da famosa tela. Os livros contábeis comerciais de Vollard registram que ele obteve um bom lucro com a obra, comprando-a por 250 francos e, no início de 1900, vendendo-a por 4.500. No entanto, o apelo duradouro de Os Jogadores de Cartas de Cézanne pode ser atribuído ao contraste distinto que as cinco pinturas apresentam com o capitalismo moderno que rodeava sua criação. Se a vida pode parecer cada vez mais rápida, superficial e mercenária, talvez possamos encontrar algum consolo aqui, em nosso compromisso prolongado com telas feitas à mão que mostram um passatempo atemporal, enraizado e sociável.
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No.4 Nafea Faa Ipoipo? (Quando você vai se casar?) - Paul Gauguin (US $ 300 milhões)
Uma mulher mais jovem com vestimenta tradicional se estica para frente no chão. Ela está olhando para trás, e parcialmente obscurecida está uma figura mais matrona com um vestido de estilo ocidental que levanta a mão em um gesto de importância. A flor atrás da orelha da menina é um símbolo tahitiano tradicional pelo qual as mulheres nuas sinalizam a disponibilidade para o casamento. Ao fundo da imagem, há uma inscrição no idioma: "NAFEA Faa ipoipo", que se traduz como: "Quando você vai se casar?"
Em 1891, o pai fundador do primitivismo, Eugene Henri Paul Gauguin, viajou para o Tahiti em busca de um paraíso edênico onde pudesse criar arte pura e primitiva.
Ao escapar da sociedade europeia, da tecnologia e das tradições culturais, Gauguin esperava capturar sociedades espiritais primitivas intactas do mundo moderno. Mas a realidade polinésia não cumpriu as expectativas de Gauguin de vida rural primitiva. O Tahiti foi colonizado já no século XVIII, portanto, quando o artista chegou lá, ele não podia encontrar a cultura que ansiava. Infelizmente, dois terços da população nativa foram mortos por doenças europeias, e a religião indígena foi destruída por missionários católicos e mórmons.
Gauguin se estabeleceu com sucesso na vida local e havia tomado uma jovem chamada Teha’amana como sua esposa nativa. Seu casamento foi organizado pela família da menina, que considerava um grande privilégio que sua filha se casasse com um homem branco, enquanto para Gauguin era uma união informal segundo qualquer padrão europeu. E embora sua vida tahitiana não fosse tão primitiva quanto Gauguin havia antecipado, ele ficou lá para viver. Durante esse período, produziu várias de suas "pinturas Gauguin" mais conhecidas de mulheres tahitianas, e é provável que Teha’amana tenha sido o modelo para muitas dessas imagens.
Nafea Faa Ipoipo (Quando você vai se casar?), foi recentemente discutida como uma das obras famosas mais caras da história, sendo vendida por quase $ 300 milhões em 2015, sendo o Museu do Qatar o comprador. Gauguin (1848-1903) não foi um artista particularmente popular enquanto estava vivo, e foi apenas após sua morte, aos cinquenta e quatro anos, que seu talento foi completamente reconhecido. Sua obra é distinta por sua ousada experimentação com cor e estilo sintetizador.
Considera-se que o famoso pintor Gauguin tem uma grande influência na vanguarda francesa, assim como em artistas do século XX como Pablo Picasso, Joan Miró e Henri Matisse.
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No.5 Número 17A - Jackson Pollock (US $ 200 milhões)
Esta obra de arte abstrato foi criada em 1948 pelo famoso pintor expressionista abstrato americano Jason Pollock. Foi feita com tinta a óleo sobre um lenço de fibra de madeira. É um exemplo da série de pintura por gotejamento de Pollock, e uma das peças anteriores dessa série. O No. 17A carece de qualquer tipo de título criativo e é um dos melhores exemplos da forma radical e excepcionalmente única de arte da pintura por gotejamento, que Pollock introduziu ao mundo em 1947. Apesar de tal pintura parecer ocorrer aleatoriamente e espontaneamente, realmente se pode rastrear o movimento preciso e o controle que Pollock teve ao criar essa peça. Inicialmente, essas pinturas por gotejamento de Pollock enfrentaram um grande escrutínio público e, na maioria, eram impopulares e, portanto, tinham pouco valor nos mercados de arte.
Essa forma extrema de abstração dividiu os críticos: alguns elogiaram a imediata criação, enquanto outros zombaram dos efeitos aleatórios.
Lembra-se dos surpreendentes $ 500 milhões que Ken Griffin gastou em duas pinturas da coleção de David Geffen? Bem, a segunda pintura, comprada por $ 200 milhões, igualmente impressionante, foi a Número 17A.
Isso faz do No. 17A a quinta pintura famosa mais cara já vendida na história. Antes dessa venda, a pintura famosa havia estado em exibição no Instituto de Arte de Chicago.
KUADROS ©, uma pintura famosa na sua parede.
