A Esposa do Rei - 1896


tamanho (cm): 75x55
Preço:
Preço de vendaCHF 234.00

Descrição

A obra “A Esposa do Rei” (1896) de Paul Gauguin apresenta-se como um exemplo excepcional do simbolismo e uso da cor do artista, que é conhecido pela sua ligação com o primitivo e o místico. Esta pintura, que captura uma mulher ao seu redor, é uma manifestação do interesse de Gauguin pela cultura polinésia e do seu desejo de escapar ao materialismo da sociedade europeia do final do século XIX.

Na composição, a figura feminina ocupa o centro, com rosto sereno e olhar introspectivo que convida à contemplação. Sua pele, rica em tons quentes, contrasta com o fundo exuberante que inclui uma densa vegetação tropical. Embora a obra não seja grande, a forma como foi criada permite uma imersão imediata no mundo que Gauguin deseja retratar. A mulher está vestida com um vestido tradicional que, juntamente com as flores que adornam os seus cabelos, acentuam a sua ligação com a natureza. Esta escolha do vestuário não é apenas um reflexo da cultura que a artista admirava, mas também uma forma de elevar a figura feminina a um estatuto quase mítico ou reverencial.

O uso da cor nesta pintura é particularmente notável. Gauguin utiliza uma paleta que combina cores saturadas e vibrantes com sombras que acrescentam profundidade, sem perder luminosidade. A forma como as cores se entrelaçam é uma marca do seu estilo, uma abordagem que procurou representar não só o visual, mas também o emocional e o espiritual. A interação entre tons quentes e frios parece ressoar com o tema da dualidade da vida na ilha, onde a beleza e o sofrimento coexistem.

O contexto de criação da obra também é fascinante. Gauguin passou um tempo significativo no Taiti, onde foi atraído pela cultura indígena e pela vida simples de seus habitantes. Esta pintura faz parte de uma série de obras que exploram o simbolismo da vida no Taiti, muitas vezes idealizando os seus costumes e tradições contra a vida consumista da Europa. Neste sentido, “A Esposa do Rei” funciona como uma ponte entre dois mundos, criando um diálogo que convida o espectador a questionar as suas próprias percepções sobre a civilização e o ‘primitivo’.

Outro aspecto interessante deste trabalho é a interpretação do ideal feminino. A figura central não representa apenas uma mulher, mas é a personificação de uma cultura que a artista pinta com amor e saudade, uma musa que transcende o seu papel quotidiano. Dentro desta representação, Gauguin parece procurar um ideal de pureza e ligação com a terra que é difícil de encontrar na sociedade ocidental do seu tempo.

Embora “A Esposa do Rei” possa não ter a mesma notoriedade de obras como “A Origem do Mundo”, é fundamental compreender a sua importância no corpus de obras de Gauguin e a sua evolução como artista. Esta criação manifesta-se como uma exploração do ser humano na sua relação com o meio ambiente e com o simbolismo inerente à cultura que o rodeia. Assim, a obra de Gauguin é um testemunho visual das suas experiências e reflexões, uma janela para um mundo que procurou representar não só com o olhar do realismo, mas com a profundidade da sua própria percepção e sentimentos.

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