Jovem na janela - 1888


tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de venda$381.00 CAD

Descrição

"Jovem na janela", de Paul Gauguin, criada em 1888, é um exemplo fascinante do estilo pós-impressionista que caracteriza este célebre artista. Nesta pintura, Gauguin capta um momento íntimo e contemplativo, retratando uma jovem olhando pela janela, tema explorado em diversas obras da época, mas que nas mãos de Gauguin assume um caráter distinto.

Visualmente, a composição é fortemente voltada para a figura feminina, única personagem presente na obra. A mulher, representada com rosto sereno e expressão enigmática, parece imersa em seus pensamentos, levando o espectador a refletir sobre seu estado emocional. Gauguin utiliza linhas suaves e formas simplificadas para delinear a figura, enfatizando sua singularidade e destacando a beleza do tema. A posição da mulher, encostada no caixilho de uma janela, sugere uma dualidade; está voltado tanto para dentro quanto para fora, o que poderia simbolizar as fronteiras entre o mundo interno das emoções e o mundo externo da experiência.

O uso da cor em “Jovem na Janela” é um dos aspectos mais marcantes da obra. Gauguin emprega uma paleta vibrante e ousada, incluindo tons quentes de amarelos e laranjas no fundo, onde o ambiente parece iluminado por uma luz amarelada. Esse uso da cor não só estabelece um contraste com o tom mais frio do vestido da mulher, que é um azul profundo com detalhes que agregam dinamismo, mas também cria uma sensação de profundidade e calor emocional. A linha tênue que separa a figura da mulher do fundo confunde os limites da realidade e da fantasia, recurso comum na obra de Gauguin, muitas vezes atraído pela exploração do onírico.

Em termos de contexto, é crucial situar esta pintura no período em que Gauguin desenvolvia o seu estilo único. No final do século XIX, o artista abandonou o impressionismo em busca de uma expressão mais pessoal e simbólica. “Jovem na Janela” se alinha a essa busca, pois não apenas capta a beleza da figura feminina, mas também sugere uma narrativa mais profunda sobre o papel da mulher na sociedade e na introspecção emocional. Temas de solidão e contemplação são recorrentes na obra de Gauguin, reflectindo o seu próprio sentimento de alienação num mundo que se sente cada vez mais industrial e menos ligado à natureza.

A influência da pintura nativa polinésia, que Gauguin explorou posteriormente em sua carreira, pode ser vislumbrada nesta peça, através do uso da cor e da simplificação das formas. Embora “Young Woman at the Window” não tenha sido criada durante a sua estadia nas Ilhas do Pacífico, é uma antecipação do seu interesse pela cultura e representação feminina, que alcançaria novas dimensões em obras posteriores como “De onde viemos? estamos? "Para onde estamos indo?"

Concluindo, “Young Woman at the Window” é uma obra que sintetiza a essência de Paul Gauguin em seus primeiros anos de experimentação pós-impressionista. Seu domínio na composição, no uso da cor e na representação do indivíduo convidam a uma reflexão mais profunda sobre a condição humana e o papel da mulher no meio social. Esta pintura continua a ser um testemunho poderoso da criatividade de Gauguin e da sua busca incansável para conectar a arte com a vida e a introspecção.

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