Madame Gobillard - Yves Morisot - 1869


Tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de venda$392.00 CAD

Descrição

A pintura "Sra. Gobillard - Yves Morisot" de Edgar Degas, realizada em 1869, é uma obra que capta subtilmente a essência da intimidade e da elegância feminina, enquadrada no contexto do impressionismo, movimento que, embora muitas vezes associado à luz efémera e paisagem, também investiga as complexidades das emoções e relacionamentos humanos.

A composição da obra centra-se na figura da Sra. Gobillard, amiga íntima e não apenas modelo de Degas, mas também musa do círculo artístico que incluía Berthe Morisot, que era sua cunhada. A mulher parece imersa em pensamentos, uma imagem de serenidade que, por sua vez, evoca uma certa melancolia. Degas opta por um ângulo que parece captar um momento fugaz, fazendo com que o espectador se sinta um observador atento dessa cena cotidiana. A pose descontraída da modelo, apoiada em uma cadeira, acrescenta um toque de naturalidade à composição, um diferencial nas obras de Degas que mistura frequentemente o cotidiano com o sublime.

O uso da cor nesta obra destaca a maestria de Degas. Predominam os tons quentes e suaves: os tons de azul do vestido contrastam harmoniosamente com o fundo, que é composto por uma sutil indefinição de tons marrons e verdes. Esta escolha de cores não só enriquece o ambiente da sala, mas também destaca a figura da Sra. Gobillard, elevando-a como foco de atenção sem ser opressora. Os contrastes de luz e sombra são habilmente administrados, formando um cenário onde a luz natural parece filtrar suavemente, criando uma sensação de profundidade e tridimensionalidade.

Degas, inovador no uso do espaço e da perspectiva, deixa que a cadeira em que se senta a Sra. Gobillard e o ambiente ao seu redor contribuam para a estrutura da composição. A inclinação do encosto da cadeira e do apoio para os pés são elementos que ecoam a postura descontraída da mulher, refletindo nos espaços habitados e na intimidade do lar. Aqui, Degas afasta-se da representação idealizada da figura feminina, em favor de uma abordagem mais realista e reflexiva.

A obra também revela um diálogo sutil com o contexto social da época. Em Paris do final do século XIX, a figura feminina começava a ser tratada com maior independência na arte, desafiando as noções tradicionais da sua representação. Madame Gobillard não é simplesmente um objeto de beleza; ela é uma figura pensante, uma mulher por direito próprio, refletindo as mudanças sociais que estavam ocorrendo. Esta representação antecipa o interesse de Degas pela figura feminina como indivíduo, algo que se tornaria um tema recorrente em sua obra.

O contexto da criação de “Madame Gobillard – Yves Morisot” é igualmente significativo. Degas foi pioneiro na exploração de novas técnicas e composições, mas também nos laços que desenvolveu com outros artistas da sua época. Morisot, assim como Degas, esteve na vanguarda do Impressionismo e sua influência é evidente em toda a obra. Aqui, a comunhão entre os dois artistas é palpável, estabelecendo um vínculo que transcende a mera colaboração para se tornar uma sinergia artística.

Concluindo, “Madame Gobillard – Yves Morisot” é muito mais do que uma simples representação de uma mulher sentada; É uma obra que encapsula a essência do impressionismo na sua busca pelo íntimo, pelo pessoal e pelo quotidiano. Através do seu domínio da composição, da cor e do tratamento da figura feminina, Edgar Degas convida-nos a contemplar não só a mulher na tela, mas também o momento efémero que ela partilha com o observador, ressoando no tempo e no espaço.

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