Retrato de Gabriel Cortois De Pressigny - Arcebispo de Besançon - 1816


tamanho (cm): 55x80
Preço:
Preço de venda$389.00 CAD

Descrição

O “Retrato de Gabriel Cortois De Pressigny - Arcebispo de Besançon” de Jean-Auguste-Dominique Ingres, pintado em 1816, é uma obra que ressoa com a profundidade psicológica e o domínio técnico que caracterizam o artista. Ingres, um dos mais proeminentes expoentes do neoclassicismo, transformou retratos em evocações de caráter, dignidade e nobreza. Neste retrato, a figura de Cortois de Pressigny é apresentada não apenas como personagem eclesiástica, mas como indivíduo de notável presença e seriedade.

A composição revela a capacidade de Ingres de equilibrar a figura central com um cenário ao mesmo tempo formal e sugestivo. O arcebispo é representado de pé, numa posição que comunica autoridade e acessibilidade. Seu corpo está levemente virado para o lado, o que cria um dinamismo que convida o espectador a interagir com a imagem. As roupas do arcebispo, ricas em detalhes e texturas, merecem atenção. As dobras do manto carmesim profundo fluem meticulosamente, refletindo o virtuosismo de Ingres na representação dos tecidos e sua capacidade de conferir volumetria através da pintura.

Um aspecto fascinante do retrato é o uso da cor, que Ingres orquestra com maestria. A paleta, composta por tons escuros e solenes, enquadra a figura do arcebispo num ambiente que evoca religiosidade e respeito, mas também um calor suave. O contraste entre o manto de Cortois, com sua conotação de poder e graça, e o fundo mais neutro, realça ainda mais sua figura, proporcionando uma clareza que concentra nossa atenção em seus traços. Os olhos do arcebispo, bem delineados e expressivos, parecem atravessar a tela, gerando uma ligação íntima e quase conflituosa com o observador. Este visual cativante é uma prova da capacidade de Ingres de capturar não apenas as semelhanças físicas, mas também a essência das almas de seus personagens.

A descontinuidade da linha manifesta-se na definição meticulosa do rosto e das mãos do arcebispo, em contraste com a fluidez do manto e a subtileza do fundo. Este foco na clareza e nos detalhes da figura humana tem sido uma marca registrada de Ingres, que muitas vezes rejeitou o uso de sombras fortes, preferindo uma luz mais suave que enfatiza as formas e sutilezas da expressão. Esta obra é representativa do período em que Ingres trabalhou, uma união entre a tradição clássica e as noções emergentes do romantismo que mais tarde procurariam dar origem a um diálogo mais intenso entre artista e espectador.

O retrato de Gabriel Cortois De Pressigny, dignitário da Igreja Católica, é um exemplo de como Ingres conseguiu sintetizar a representação do indivíduo com o sentido do seu ambiente e do seu papel na sociedade. A fusão do pessoal e do institucional confere ao trabalho uma dimensão que vai além de uma simples imagem; é uma exploração de identidade, poder e espiritualidade. Esta tendência para retratar figuras de elevado estatuto e a sua humanidade subjacente também é encontrada nas obras contemporâneas de Ingres, como os retratos dos seus amigos e patronos, cada um com a sua narrativa visual intrínseca.

O retrato permanece, portanto, um testemunho da mestria artística de Ingres e da sua capacidade de transmitir as subtilezas da natureza humana. Assim, a pintura não apenas representa uma figura histórica mas, ao mesmo tempo, dialoga com o espectador sobre a fragilidade e a força do espírito humano, muitos anos após a criação da obra.

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