Mulheres bretãs em mudança - 1888


tamanho (cm): 60 x 75
Preço:
Preço de venda$388.00 CAD

Descrição

A obra "Mulheres Bretãs em Mudança" (1888) de Paul Gauguin é um reflexo nítido e nostálgico da vida rural da Bretanha, onde a artista canalizou o seu perturbador fascínio pelas culturas e costumes que abordou durante a sua estadia na região. Nesta pintura, Gauguin congela um momento de quietude e reflexão na vida das mulheres bretãs, envolvendo-as num ambiente que é ao mesmo tempo real e simbólico. Esta obra situa-se na intersecção entre o verismo e o simbolismo, características que definem o estilo de Gauguin neste período da sua carreira.

A composição da obra é um elemento essencial para compreender o seu impacto visual. Duas mulheres, vestidas com chapéus tradicionais bretões, dominam o primeiro plano. A sua colocação central e a sobreposição subtil das suas figuras numa informalidade que parece quase intencional, permitem ao espectador sentir uma forte ligação emocional com os protagonistas desta pintura. As mulheres não são apenas figuras da pintura, são portadoras de uma cultura rica em tradições, simbolizando a resistência e a identidade local diante das transformações do tempo.

O uso da cor é igualmente significativo. Gauguin emprega uma paleta de tons terrosos que anima a obra, ao mesmo tempo que acentua o caráter quase místico do cenário. Os planos de fundo são desenhados com um uso arrojado do espaço, tons de verde e marrom que não só funcionam como contexto, mas também traduzem a atmosfera de calma que emana da cena. Cada pincelada parece deliberada, contribuindo para uma sensação de planicidade que desafia a perspectiva convencional; Nesta obra, Gauguin parece estar mais interessado na emotividade da cena do que na sua representação fiel.

Um dos aspectos mais fascinantes de "Mulheres Bretãs na Virada" é a forma como a obra sugere um diálogo entre as tradições do passado e a modernidade que se infiltrava na Europa no final do século XIX. A atenção ao vestuário feminino, rico em detalhes culturais, contrasta claramente com a inevitável modernização que começava a influenciar a vida das comunidades rurais. Gauguin, embora influenciado pelo Impressionismo, afastou-se das suas intrincadas técnicas de luz e cor, procurando, em vez disso, uma forma de arte mais simbólica e artística que procurasse a alma do seu tema, em vez de simplesmente a sua aparência externa.

O retrato das mulheres no seu ambiente tem gerado grande interesse artístico e intelectual, pois transcende o momento específico da pintura, ressoando com as lutas de identidade cultural que ainda são vividas em muitas partes do mundo. Mostra uma profunda admiração pela força e resiliência destas figuras femininas que, embora pareçam imersas no seu próprio mundo, convidam o espectador a explorar a sua história e significado.

Esta obra de Gauguin pode ser comparada a outras obras da sua época, como "De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?" a partir de 1897, onde o artista procura transmitir mensagens complexas sobre a condição humana através da iconografia e do simbolismo. Com “Mulheres Bretãs na Virada”, Gauguin, com seu olhar introspectivo, nos incentiva a nos reconectarmos com as tradições que nos forjaram, usando a arte como meio para explorar o que está por vir, mas que sempre carrega consigo os traços do que era Assim, a obra torna-se não apenas um retrato de uma época e de um lugar, mas um testemunho da eterna busca pela identidade cultural num mundo em constante mudança.

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