Autorretrato - 1890


tamanho (cm): 50 x 60
Preço:
Preço de venda2 430 SEK

Descrição

A pintura "Autorretrato - 1890" de Paul Gauguin é uma das obras mais icônicas do Pós-Impressionismo, movimento ao qual o artista está fortemente associado. Nesta obra, Gauguin combina o seu estilo distinto com uma introspecção pessoal que revela tanto a sua identidade como a sua evolução artística.

Gauguin apresenta a sua figura no centro da tela, com um fundo de tons escuros e acentuados que lhe conferem uma aura de mistério. A composição é extremamente simples, mas poderosa. O fundo verde e marrom cria um contraste que destaca a paleta de cores vivas usada em seu rosto e roupas. O uso da cor não é meramente representativo; É emocional e simbólico, características que marcam o artista. Os tons que escolhe para a sua pele, um castanho amarelado, sugerem a sua ligação aos trópicos e um afastamento da sua origem europeia.

Os traços faciais de Gauguin são estilizados, acentuando seu olhar intenso e reflexivo. Seus olhos, de um azul marcante, parecem olhar além do observador, como se explorassem a própria essência de seu ser. Este olhar penetrante, aliado à sua expressão séria, sugere um homem imerso na contemplação e na busca de sentido, tema recorrente em sua obra.

O guarda-roupa que você escolhe também é significativo; Gauguin aparece vestindo uma camisa de cores vivas, o que contribui para a complexidade de sua autoimagem. Este equilíbrio entre o pessoal e o cultural é fundamental para o seu trabalho, pois ela não apenas pinta o seu eu físico, mas também incorpora elementos da sua jornada artística e espiritual, influenciada pela sua passagem pela Polinésia, iniciada em 1891. Embora este auto- retrato foi feito antes dessa fase, é possível sentir as influências do simbolismo e da busca por um estilo próprio que se intensificará em seus trabalhos posteriores.

A técnica utilizada por Gauguin neste trabalho também é notável. A aplicação da cor é ousada e quase autônoma, onde cada traço parece ter vida própria. Este foco na superfície da tela ressoa com as ideias dos simbolistas, que priorizavam a expressão do sentimento em detrimento da representação precisa do mundo físico. Neste sentido, Gauguin alinha-se com os seus contemporâneos, como Vincent van Gogh, mas também se distingue pela sua relação particular com a forma, a cor e a narrativa implícita que envolve os seus retratos.

“Autorretrato – 1890” é, em última análise, um diálogo entre o artista e a sua própria percepção. Nesta obra encontramos não só a visão de mundo do pintor, mas também a sua vontade de explorar os legados culturais e pessoais que o definem. Embora menos conhecida do que outras obras de Gauguin, esta pintura é um exemplo da sua busca incansável pela verdade interior e pela beleza, temas que continuarão a ressoar na sua obra ao longo dos anos, especialmente no seu período mais conhecido no Taiti, onde explorará ainda mais a ideia do exótico e do primitivo como reflexo da sua própria complexidade.

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