Fábrica de tijolos em Eragny - 1888


tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de venda930,00 zł PLN

Descrição

A obra "Fábrica de tijolos em Eragny" (1888) de Camille Pissarro é um testemunho vibrante e significativo do movimento impressionista, bem como um reflexo do ambiente industrial que começava a florescer no final do século XIX. Pissarro, reconhecido como um dos fundadores do Impressionismo, utiliza nesta pintura uma paleta de cores terrosas e naturais que evocam a essência da paisagem rural em que trabalhou e viveu, especificamente em Eragny-sur-Epte, uma pequena cidade em Normandia.

A composição da obra centra-se na olaria, elemento predominante na paisagem que indica uma transição entre o rural e o industrial. Nesta representação, Pissarro procura captar não só a estrutura da fábrica em si, mas também a sua inter-relação com a paisagem envolvente e com os indivíduos que a habitam. A pintura está imbuída de uma sensação de movimento e vida; Podem ser vistas em primeiro plano figuras que parecem ser trabalhadores, o que acrescenta um sentido dinâmico de comunidade e trabalho. Embora os números sejam bastante pequenos em comparação com o entorno, a sua presença é crucial para compreender a realidade do trabalho numa altura em que a industrialização começava a transformar a vida rural.

Em termos de cor, Pissarro utiliza uma riqueza de tons que vão desde os ocres e castanhos quentes, que reflectem os materiais da fábrica, até aos verdes vibrantes que representam a vegetação envolvente. Os toques de azul no céu e arredores criam um contraste marcante, ao mesmo tempo que sugerem uma atmosfera de calma e serenidade em meio à atividade industrial. Esta fusão de cores, aliada à técnica das pinceladas soltas e rápidas, é característica do Impressionismo, que Pissarro dominou com maestria, conseguindo captar não só a luz, mas também a atmosfera do seu entorno.

A luz desempenha um papel fundamental na obra. Pissarro é particularmente hábil em representar como isso se reflete e se dispersa pelos materiais fabris e pela vegetação. A luz parece fluir pela composição, iluminando áreas-chave e sugerindo uma hora específica do dia, talvez ao anoitecer, quando a luz tende a adquirir um tom dourado. Este uso da luz revela a influência da fotografia na pintura de Pissarro, bem como a sua dedicação ao estudo da cor e da forma na representação da paisagem.

"Fábrica de Tijolos em Eragny" situa-se num interessante contexto histórico e artístico, pois reflecte ao mesmo tempo o choque entre a tradição agrícola e a modernização industrial. Pissarro era conhecido não só pelo seu domínio técnico, mas também pelo seu profundo compromisso com a vida rural e as suas condições sociais. Através do seu trabalho, defende a dignidade do trabalho manual ao mesmo tempo que capta a passagem do tempo nas paisagens que adora.

Em suma, esta pintura é um ensaio visual profundo sobre a paisagem francesa através das lentes do Impressionismo. A conjugação da estrutura industrial com a natureza envolvente, aliada à presença significativa dos trabalhadores, fazem da “Fábrica de Tijolos de Eragny” uma obra multifacetada que convida à reflexão. Camille Pissarro, através da sua visão única e técnica refinada, não só enquadra um lugar e um tempo, mas também levanta questões sobre a relação do homem com o seu ambiente num mundo em rápida mudança.

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