Campo Fechado em Eragny - 1896


tamanho (cm): 75x60
Preço:
Preço de venda€259,95 EUR

Descrição

A obra “Campo Fechado em Eragny” de Camille Pissarro, pintada em 1896, representa um claro exemplo do estilo impressionista que o artista aperfeiçoou ao longo de sua carreira. Pissarro, um dos principais representantes do movimento, dedicou-se a captar a luz e o ar do seu entorno rural, algo que se manifesta com força nesta pintura. Ambientada em Eragny, pequena cidade onde Pissarro passou os seus últimos anos, a obra mostra a familiaridade do artista com a paisagem envolvente e a sua capacidade de transformar cenas do quotidiano em momentos de reflexão estética.

À primeira vista, o espectador é saudado por uma paleta vibrante que oscila entre verdes e amarelos, intercalada com toques de roxo e azul que sugerem a vegetação vibrante e o céu noturno mutável. As pinceladas são soltas e dinâmicas, criando uma sensação de movimento e vida, características do Impressionismo. Pissarro utiliza a técnica “plein air”, pintando ao ar livre para captar a essência do lugar, conferindo à obra uma qualidade fresca, quase efêmera.

O campo surge rodeado por uma linha difusa de vegetação, que proporciona delimitação sem ser estritamente rígida. Este aspecto da composição sugere uma simultaneidade entre natureza cultivada e selvagem, mostrando o esforço do homem em conviver com o meio ambiente. Não há figuras humanas na pintura, o que poderia ser interpretado como uma contemplação profunda da própria paisagem e não como uma intrusão humana. A ausência de personagens humanas convida o observador a refletir sobre a relação entre natureza e humanidade, tema recorrente na obra de Pissarro.

Através de sua composição, Pissarro utiliza a disposição dos elementos para guiar o olhar do espectador. A proximidade da vegetação em primeiro plano faz com que o espectador se sinta imerso no campo, enquanto os tons mais suaves do fundo sugerem uma distância etérea, criando profundidade na obra. A luz desempenha um papel fundamental, uma vez que as variações cromáticas refletem a luz natural e a forma como esta interage com a paisagem, uma abordagem distintiva de Pissarro que o diferencia dentro do grupo dos impressionistas.

A obra é também um reflexo de uma época em que a vida rural estava em transformação, e Pissarro, como fiel observador do mundo que o rodeia, capta nas suas obras as subtilezas dessas mudanças. A partir deste trabalho, são evidentes os laços de Pissarro com o Neo-Impressionismo, um movimento em que foram exploradas novas abordagens à cor e à luz, embora "Campo Fechado em Eragny" esteja firmemente enraizado nas técnicas e abordagens impressionistas.

Esta pintura, como outras obras análogas do mesmo período, como as que criou na série de paisagens do campo francês, não só realça a beleza da natureza, mas também representa o seu lugar no coração da arte. Assim, “Campo Fechado em Eragny” constitui um testemunho do talento de Pissarro, um artista que sempre procurou na paisagem não só um tema para pintar, mas também uma forma de se conectar profundamente com o seu ambiente e, em última análise, com o espectador. A sua capacidade de transmitir a essência de um lugar através da luz, da cor e da forma continua a ressoar no panorama da arte contemporânea.

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